"Dê a Seus Olhos o Cuidado que eles Merecem"

CDOP - Cirurgia e Diagnose em Oftalmologia

Av. Silva Jardim, 4172
Bairro - Água Verde
Curitiba-Pr
CEP: 80240-021

(41) 3221-3600

cdop@cdop.com.br

Cefaléia com origem nos olhos na criança e no adolescente

19/06/2013 11:55

Para entender a cefaléia (dor de cabeça) de origem ocular nos nossos pequenos pacientes, precisamos rever alguns conceitos. Primeiro, precisamos saber o que é o fenômeno de acomodação do olho. Dentro do olho existe um músculo chamado músculo ciliar, e ele se contrai e relaxa, alterando o foco do olho para longe e para perto – isso é chamado de acomodação. Outro conceito a ser visto é o dos erros refracionais, ou os tipos de graus, que são três: a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.

A miopia é a dificuldade para ver de longe. A queixa mais comum é a de que a criança não vai bem na escola, pois geralmente não consegue relatar que está com dificuldade, já que para ela a visão embaçada é que é o “normal” . A miopia é o tipo de grau que dá menos cefaléia.

Outro tipo de grau é a hipermetropia, que é a dificuldade principalmente para perto. O hipermétrope precisa contrair o músculo do foco (músculo ciliar) para poder contrair mais ainda, às vezes por um tempo prolongado (quem acha fácil tirá-los do videogame?). Essa contração excessiva leva ao cansaço e à cefaléia. A hipermetropia é o tipo de grau que mais causa essa dor de cabeça.

Por último, o astigmatismo, que é um tipo de grau geralmente com origem em uma irregularidade na córnea e que causa uma imagem borrada para longe e para perto. A criança usa a contração do músculo ciliar para tentar deixar a imagem mais nítida possível, portanto o astigmatismo causa bastante cefaléia. O tratamento se baseia no uso de lentes corretivas que neutralizem o grau do olho e retirem a dor de cabeça.

Algumas dificuldades para o diagnóstico podem ser citadas: muitas crianças gostariam de usar óculos e simulam uma situação Além disso, há também aqueles casos de filhos de mães poliqueixosas, que vivem reclamando de dores (inclusive dores de cabeça), e logo a criança começa a se queixar também.

Às vezes encontramos graus pequenos associados às patologias que costumam cursar com cefaléia, como a sinusite. Podemos ver que identificar e tratar esses problemas não é assim tão fácil e somente uma consulta bem feita, com um oftalmologista experiente, pode levar ao sucesso do tratamento, priorizando o bem-estar da criança e do adolescente.

Fonte: Revista Saúde Ativa